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O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) conseguiu manter suas posições no estado do Rio de Janeiro com a fundamental reeleição de Jandira Feghali (84.054 votos) e com a expressiva vitória de Dani Balbi, eleita deputada estadual com 65.815 votos. Também garantimos a primeira suplência para Rejane de Almeida e Lilian Behring. O Partido sai exitoso dessa batalha, mas será preciso realizar um balanço rigoroso do nosso resultado no estado após o encerramento das eleições de 2022.

É muito importante valorizar essa relevante conquista do PCdoB-RJ, entretanto, é imprescindível ressaltar que a principal batalha não está definida. A tarefa central de todos (as) comunistas nesse momento é a luta pela eleição de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.

Derrotar o neofascismo (subproduto do neoliberalismo), o entreguismo e a ameaça antidemocrática do Governo é algo decisivo para a História do nosso país. Em uma nação tão rica como o Brasil, nós temos o dever de tirar o povo dessa situação de fome. Estamos diante de uma encruzilhada, o povo brasileiro vai decidir entre democracia e barbárie.

Nós saímos vitoriosos no primeiro turno das eleições, Lula é o candidato mais votado da História da República com mais de 57 milhões de votos (48,43%). Temos uma vantagem de 5 pontos percentuais, o que equivale a 6.2 milhões de votos. Nesse momento, nossa missão é ampliar essa votação ao máximo, demonstrando aos eleitores que o futuro do Brasil depende da derrota do bolsonarismo. A vitória de Lula em 2022 é uma tarefa histórica do povo brasileiro e os comunistas precisam ser protagonistas nessa luta. Com o apoio do PDT de Ciro Gomes e com a adesão de Simone Tebet (MDB), Roberto Freire (Cidadania) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), uma grande Frente Ampla com diferentes partidos, representações da sociedade civil e dos movimentos sociais está se formando em torno da candidatura de Lula, uma União Nacional contra o fascismo e em defesa da democracia. Nesse fato, a conquista da Federação ganhou importância também estratégica.

Essas articulações que reforçam a amplitude democrática também chegaram ao território fluminense, o prefeito Eduardo Paes (PSD) – por exemplo – já toma medidas para fortalecer a Frente Ampla no Rio de Janeiro, onde o candidato bolsonarista foi eleito governador no primeiro turno e onde Bolsonaro conquistou uma vantagem significativa, sendo o mais votado em todos os municípios, exceto em Niterói.

Aqui em nosso estado, urge superar esse quadro adverso, virar o jogo e tornar Lula vitorioso. O candidato da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil) teve uma votação expressiva no Rio de Janeiro, somente na capital foram 1.568.485 votos. Mas é preciso ampliar esse número na região metropolitana e no interior. Para isso, é necessário refletir a construção de uma União Nacional contra Bolsonaro, uma união suprapartidária, um movimento político e social realmente amplo e capaz de salvaguardar a democracia.

Já foi realizada uma importante reunião com a presença de grandes lideranças do nosso campo para compor um comando político com o objetivo de  ampliar com as forças de centro, prefeitos, pastores, artistas, lideranças religiosas, fazendo refletir essa União Nacional em curso também em nosso estado. Aqui, já contamos com as lideranças de Rodrigo Neves (PDT), Eduardo Paes (PSD), Áureo (SD), representantes do Cidadania, entre outros. Também estão conosco forças da esquerda que não compuseram a Frente com Lula no primeiro turno.

É hora de ampliar e mergulhar no Brasil e no Rio de Janeiro profundos, reduzir a abstenção, desconstruir o inominável e reforçar sua rejeição, esclarecendo o povo simples nos territórios e redes sociais, na frente religiosa e na cultura, apresentando também a plataforma emergencial de Lula. Assim nós podemos virar a votação de Lula no estado.

A nossa militância está sendo chamada a redobrar os esforços, territorializar os Comitês de Luta Popular, as redes e as ruas, conversar com as pessoas com atenção e paciência para conquistar a parcela do eleitorado que não votou em Lula no primeiro turno. O momento exige dedicação e unidade, é imprescindível que todos (as) os (as) democratas e patriotas deste país se unam em torno do compromisso histórico de derrotar Jair Bolsonaro para garantir e ampliar a democracia brasileira e recuperar o Brasil.

Nesse esforço unitário, já estão se consolidando os comitês suprapartidários e frente sociais para coordenar a luta pela eleição de Lula nos municípios, tarefa central das direções partidárias. Essa Frente Ampla tem a missão de reerguer o Brasil e reocupar o seu lugar de liderança na geopolítica do século XXI. Esse é o dever de uma geração de democratas.

O mundo está de olho no processo eleitoral brasileiro. Democratas de diversos países estão externando seu apoio a Lula e reafirmando a necessidade do Brasil superar o pesadelo do bolsonarismo. Especialmente a América Latina olha com atenção para as eleições em nosso país porque o Brasil é a principal referência do continente e a liderança de Lula também é fundamental no processo de integração dos povos latino-americanos.

Temos muitas coisas em jogo, mas a vitória da Esperança contra o ódio está próxima, contudo, é preciso lutar com muita garra até o último minuto. Vamos trabalhar incansavelmente com a certeza de que no dia 30 de outubro o povo brasileiro vai eleger pela terceira vez um ex-metalúrgico e colocar fim ao Governo que envergonha o Brasil diante de todo o mundo.

Vamos à luta, camaradas! Venceremos!

 

João Batista Lemos

Presidente do PCdoB-RJ