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O presidente estadual do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), João Batista Lemos, concedeu uma entrevista ao Portal PCdoB-RJ para destacar a importância político-eleitoral do ano de 2022 e ressaltar a relevância da Federação Partidária composta por PCdoB, PT e PV (com a possível adesão do PSB) na luta para derrotar Jair Bolsonaro e implementar um programa de reconstrução nacional.
João Batista Lemos também salientou o papel significativo que o projeto eleitoral do PCdoB-RJ terá na vitória das forças populares no Brasil e no Rio de Janeiro, com a derrota de Cláudio Castro.
O líder comunista também falou sobre as principais tarefas da militância do PCdoB-RJ neste momento político tão decisivo.
Batista ainda fez questão de lembrar que os comunistas do Rio de Janeiro devem fortalecer a mobilização para o Festival Vermelho, contribuindo para organizar um grande evento de comemoração do centenário do Partido.

Confira a entrevista na íntegra:

1. De que maneira a aprovação da Federação de PT, PCdoB e PV (com uma possível adesão do PSB) fortalece a luta pela derrota de Bolsonaro e pela vitória de um projeto de reconstrução nacional?

A eleição de outubro deste ano vai ser a mãe de todas as batalhas. É preciso compreender o nível desta batalha, sua correlação de classes que reflete objetivamente a correlação de forças. O que está em jogo é o futuro soberano de nossa nação e a conquista de dias melhores para o nosso povo. Devemos derrotar os que estão do lado dos interesses das elites dominantes e do obscurantismo bolsonarista, entreguista e a serviço dos interesses de grandes oligopólios financeiros internacionais. A polarização está dada, representada por Lula versus Bolsonaro. As elites financeiras com seus aparatos midiáticos, temerosas, ainda insistem em uma terceira via.
Em um quadro de agravamento da situação econômica, social e política, e de grande retrocesso civilizacional, a Federação fortalece porque tem condições de unir partidos de bases populares em torno de um Programa de Salvação Nacional, liderado pela maior liderança operária da historia do Brasil, que expressa os sentimentos mais positivos e saudosos das massas populares, o ex-presidente Lula. Entretanto, pelo nível desta batalha, não se pode subestimar o inimigo de classe. Portanto, precisamos da Federação como núcleo mais estratégico e da Frente Ampla do ponto de vista tático para construir uma nova maioria política.

2. Essa Federação abre caminhos para uma ação unificada das forças progressistas além do âmbito eleitoral e político-institucional?

Sim, a Federação foi uma conquista democrática protagonizada pelo nosso partido na Câmara dos Deputados, os comunistas propugnam por imprimir um sentido mais estratégico que vai além das eleições, a se constituir como alternativa de poder. É de grande relevância a proposta de formação de Comitês Populares de Lutas com bases territorializadas, tanto para as eleições de Lula e, do nosso candidato ao governo do Estado, como também para criar a base social de sustentação dos programas nacional e estadual. Como fator da construção de uma nova correlação de forças, é preciso apostar em um forte movimento político de massas em torno das eleições de outubro.

3. Como o projeto eleitoral do PCdoB-RJ pode contribuir para a derrota de Jair Bolsonaro e Cláudio Castro?

Primeiro, elegendo nossas pré-candidaturas ao Congresso e à Assembleia Legislativa, o que exige uma estratégia de concentração. Segundo, com a contribuição ao programa de Salvação Nacional e sua adequação para a realidade Fluminense. Terceiro, pelo nosso compromisso com a democracia e com o povo, determinante para a nossa capacidade de buscar a mais ampla unidade para derrotar o bolsonarismo no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro.

4. Quais as principais tarefas da militância comunista do Rio de Janeiro neste cenário político-eleitoral tão decisivo?

Nossa abnegada militância deve articular a mãe de todas as batalhas, as eleições de outubro, com as lutas imediatas em curso, nas ruas e nas redes sociais, nos territórios contra a carestia de vida. Manifestando-se, diante de todos os desmandos do poder público em todos aspectos da vida social, por melhores condições de vida, pelo direito e valorização do trabalho, contra qualquer tipo de discriminação social. Nossa militância deve organizar os comitês das pré-candidaturas, zelar pela unidade e coesão partidária em torno de nosso projeto eleitoral.
No atual momento, é necessário participar e fortalecer com toda nossa garra e capacidade de organização o Festival Vermelho, para comemorar o centenário de nosso Partido, acolher os camaradas comunistas de toda parte do Brasil e as delegações estrangeiras de forma calorosa e carinhosa. Vamos florescer a esperança! Viva os cem anos de luta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) pela Democracia, Soberania e pelo Socialismo.