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O governo de Jair Bolsonaro impôs uma redução muito forte no orçamento do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. A pasta terá o menor repasse de recursos desde a sua criação.

Esse corte orçamentário vai prejudicar a execução de uma série de políticas públicas, dentre elas, as ações de enfrentamento à violência contra a mulher, que – segundo uma nota técnica do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) – estariam “inoperantes”.

A assessora política do Inesc, Carmela Zigoni, criticou de forma contundente o Governo Federal, salientando que:

“Analisando a execução financeira das políticas para mulheres do governo Bolsonaro até aqui, a impressão é a de que há uma priorização de pautas ideológicas e moralistas fortalecidas na figura de Damares Alves e seus delírios de princesa, além do uso político de vítimas de violência sexual e outros impropérios, como a tentativa de financiamento da pauta antivacina”.

O Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos receberá somente R$ 5,1 milhões para o “enfrentamento à violência e promoção da autonomia”. As Casas da Mulher Brasileira terão um orçamento de R$ 8,6 milhões (cerca de R$ 318 mil por estado).

A recorrente redução do orçamento do Ministério vem impactando diretamente as mulheres brasileiras, que veem a violência contra a mulher aumentar a cada ano. De acordo com o Inesc, em 2020, 1.350 casos de feminicídio foram registrados no Brasil.

Carmela Zigoni afirma que o aumento da violência contra a mulher no país é um reflexo do orçamento deficitário imposto pelo governo Bolsonaro ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos:

“Os números alarmantes de violência contra a mulher são um retrato de um orçamento que não permite que os recursos federais cheguem aos estados e municípios, ou quando chegam é com atraso e em quantidade insuficiente”.

Fonte: Vermelho