O Estado do Rio de Janeiro vive mais um episódio lamentável de corrupção que levou ao afastamento do governador Wilson Witzel. O governador foi afastado do cargo por 180 dias a partir de uma decisão monocrática do ministro Benedito Golnçalvesdo STJ.
Além do afastamento do governador, foram expedidos diversos mandatos de prisão dentre eles o do Pastor Everaldo, Presidente Nacional do PSC (Partido de Witzel) e pastor de Jair Bolsonaro, e mandato de busca e apreensão na casa do Vice Governador, da Primeira Dama e de diversas autoridades. Lucas Tristão, ex-secretário de desenvolvimento econômico, também foi preso.
Estranha-se o teor da decisão do STJ, que de forma unilateral e monocrática, decidiu por afastar um governador eleito do cargo. Tal ato põe em risco a separação dos poderes republicanos. Há processos constitucionais e legais para afastar os corruptos dos governos. E, é claro, há um processo de impeachment em curso na ALERJ e o STJ tem um pleno
Witzel se elegeu na esteira do bolsonarismo no Rio de Janeiro, foi o candidato da família Bolsonaro e encampou seu discurso, e assim como o Bolsonaro se associou ao que há de mais atrasado na política, sua promessa de acabar com a corrupção, assim como a do Presidente hoje se abala com inúmeras denúncias de corrupção. Todavia, ao que tudo indica, o governador afastado deu prosseguimento aos esquemas fraudulentos. Um dos pontos chaves é a gestão corrupta das Organizações Sociais (OS’s), que atua de forma a precarizar os profissionais de saúde além de saquear os cofres públicos. O PCdoB sempre denunciou esse modelo de gestão ao realizar a defesa intransigente do serviço público de saúde.
Com a investigação também do vice, Claudio Castro, agrava-se a crise política no Estado com muito interesse de Jair Bolsonaro, que se compromete cada vez mais no caso de Queiróz e da “rachadinha”.
Na briga entre Bolsonaro e Witzel o que temos são governantes marcados por esquema de corrupção, política de austeridade e descaso com a saúde pública justamente nesse período de pandemia. O PCdoB-RJ defende que todas as denúncias sejam rigorosamente apuradas e salvaguardado o Estado Democrático de Direito.
João Batista Lemos – Presidente Estadual do PCdoB-RJ