Nessa terça-feira, 27 de maio, às 18h, o documentário DOUTOR ARAGUAIA será exibido de forma gratuita na Casa de Rui Barbosa. Em seguida, será realizado um debate com o diretor, Edson Cabral, e a irmã de João Carlos Haas Sobrinho, Sônia Haas. O evento está sendo produzido em conjunto pela Fundação Casa Rui Barbosa, Fundação Mauricio Grabois (RJ) e o PCdoB-RJ, com apoio cultural do Grupo Tortura Nunca Mais RJ, Jornal A Nova Democracia, Coletivo CORENA, Coletivo Filhos e Netos por Memória, Verdade e Justiça – RJ.
O documentário é um convite à reflexão sobre a luta pela democracia e os horrores da ditadura militar no Brasil A produção retrata a trajetória de João Carlos Haas Sobrinho, jovem médico gaúcho que, movido pelo compromisso com a justiça social, uniu-se ao PCdoB e às Forças Guerrilheiras do Araguaia. Como profissional de saúde, prestou atendimento a camponeses das regiões de Porto Franco (MA) e Xambioá (TO), tornando-se uma figura admirada pela população local. Perseguido pela ditadura militar, foi assassinado pelo Exército em setembro de 1972. Até hoje, seus restos mortais nunca foram entregues à família.
Dirigido por Edson Cabral e com roteiro de Sônia Haas, o documentário é uma realização independente da TG Economia Criativa, com gravações em diversos estados do país e depoimentos de ex-guerrilheiros, camponeses, amigos e estudiosos. São 90 minutos de narrativa intensa, com cinco músicas inéditas e cerca de 50 entrevistas, costurando o legado de um homem que dedicou sua vida à causa do povo.
Em entrevista, o diretor do filme, Edson Cabral, falou sobre a obra e sua importância. De acordo com o cineasta:
“É com alegria e satisfação que temos a oportunidade de lançar o Documentário DOUTOR ARAGUAIA na cidade do Rio de Janeiro, em especial na Casa de Ruy Barbosa, espaço público essencial para o fortalecimento da Democracia Brasileira. Nosso objetivo é levar a todos os brasileiros a saga e a coragem de João Carlos Haas Sobrinho, o Doutor JUCA, nosso querido DOUTOR ARAGUAIA”.
A dirigente estadual do PCdoB e militante da resistência à ditadura, Dilceia Quintela, falou sobre a relevância do filme para resgatar a memória da luta contra a ditadura e para alertar a juventude sobre a importância da democracia:
“Esse documentário fala sobre a trajetória de um jovem médico que, junto com outros jovens, foram para o Araguaia para organizar o povo na luta por um Brasil democrático. É um filme importante para jogar luz na história sobre a resistência à ditadura, chamar a atenção da juventude que não viveu essa época, e homenagear os heróis e heroínas que deram suas vidas em defesa de um país soberano e democrático”, disse a dirigente comunista.
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