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1. O Brasil está mudando, voltamos a ocupar a nona posição no ranking das maiores economias do mundo. A inflação está controlada, tivemos um aumento recorde da renda média através de iniciativas como a retomada da valorização real do salário-mínimo, que ainda está com valor muito baixo. Aumentou o consumo nos supermercados em 8% nos últimos 12 meses, apesar de os preços continuarem altos. Cerca de 24 milhões de brasileiros saíram do lamentável quadro de insegurança alimentar. A indústria nacional está sendo reconstruída, e as exportações e a atração de investimentos alcançaram números excelentes. O desemprego caiu para 6,9% no 2º trimestre deste ano, menor patamar desde 2014! Porém, mantém-se necessária a luta contra a altíssima taxa de juros que está freando o desenvolvimento nacional, servindo apenas aos interesses parasitários da aristocracia financeira!

 

2. Os avanços promovidos se refletiram na última pesquisa GENIAL/QUEST, que apontou um crescimento da avaliação positiva do governo Lula (de 33% para 36%) e da aprovação do jeito de governar do presidente (de 50% para 54%). Aqui no Sudeste, o salto da avaliação positiva foi ainda maior, passando de 26% para 31%, um crescimento bem acima da margem de erro. Mas, o maior crescimento numérico foi justamente no bloco social prioritário para a gestão do nosso governo: a aprovação de Lula entre aqueles que ganham até dois salários-mínimos saltou de 62% para 69%. Pesquisa IPEC, realizada no mesmo período, mostra indicadores semelhantes de melhoras na avaliação do governo LULA.

 

3. Contudo, apesar do comprometimento e do trabalho sério que o governo Lula vem realizando no Brasil, ainda estamos amarrados a um cenário de forte polarização política. Somado a isso, temos avanços urgentes a promover, o principal deles diz respeito ao alto custo dos alimentos. Ir ao mercado ainda é um desafio para muitas famílias brasileiras e seguimos buscando mecanismos para resolver a herança deixada por Bolsonaro em relação aos preços abusivos de produtos essenciais.

 

4. Nesse contexto, a unidade das forças progressistas e democráticas se torna ainda mais importante visando construir uma maioria democrática para enfrentar nossas insuficiências, mas também a extrema-direita e o crescente conservadorismo em Brasília, nos estados, e nas cidades.

 

5. É preciso isolar o bloco reacionário liderado por Bolsonaro, que neste momento se encontra inelegível e indiciado oficialmente por corrupção pela Polícia Federal, mas ainda assim conta com um grande apelo popular. Por isso, nosso compromisso primário é derrotar a extrema-direita e impedir as tentativas de minar a democracia, desestabilizar o Brasil e impor suas pautas absurdas como o PL do Estuprador, rechaçado pela população gerando repercussão internacional.

 

6. A tarefa dos comunistas segue sendo combater o avanço do fascismo em todas as cidades do país e alterar a correlação de forças a partir do diálogo e do convencimento das pessoas em todos nossos espaços de atuação. Os setores conservadores, de forma organizada, estão impondo ao debate público suas pautas mais reacionárias, como a internação compulsória para usuários de crack e o armamento das guardas municipais. Precisamos responder à altura, apresentando uma opinião coerente e resolutiva sobre estes e outros temas sensíveis. Neste ano, esse objetivo ganha uma nova proporção diante da batalha eleitoral decisiva que teremos muito em breve.

 

7. No que diz respeito ao Rio de Janeiro, há outra força influenciando os rumos da política fora dos holofotes: as emendas do Congresso Nacional. O estado do Rio é o estado que mais recebeu emendas parlamentares, sobretudo do campo bolsonarista, em especial a cidade de SG e Baixada Fluminense Além disso, mantém-se atual a análise crítica feita pela última Conferência Estadual: o governador Cláudio Castro revela-se um governante descomprometido com problemas estratégicos do estado. Após torrar os recursos oriundos da privatização vexatória da Cedae, a capacidade de investimento do estado do RJ volta praticamente a zero; mesmo com a sensível melhora no cenário nacional, nosso estado prossegue tendo, de longe, maior índice de desemprego no 1º trimestre deste ano no Sudeste: 10,3% no RJ, contra 7,4% de SP; 6,3% de MG; 5,9% de ES e 7,9% em todo o país.

 

8. Devemos salientar que o PCdoB-RJ tem uma linha própria para interpretar o Rio de Janeiro a fim de atuar politicamente para influir na realidade. Portanto, também acreditamos que é necessário radicalizar a defesa de projetos avançados de cidade para dar conta das demandas contemporâneas da população e das mudanças climáticas e produtivas, estabelecendo um novo paradigma de gestão municipal. Nesse sentido, precisamos aliar o fortalecimento da Frente Ampla com a defesa desse modelo de cidade ousado e vanguardista.

 

9. Simultaneamente, é fundamental que as candidaturas do PCdoB sejam responsáveis por apresentar um modelo avançado de cidade, focado nas pautas de amplo interesse da classe trabalhadora. Medidas como direito à cidade, o direito ao trabalho decente e à moradia digna. Implementação da tarifa zero, barateamento e garantia do acesso à água e ao saneamento nas favelas e periferias. Defesa do PCCS para o funcionalismo público especialmente nas áreas da Saúde e Educação e orçamento municipal para Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia. Políticas públicas promotoras de direitos e indutoras do desenvolvimento, a partir da reindustrialização, implementando o setor naval e toda a cadeia de petróleo e gás bem como o complexo industrial da Saúde. Implantação de creches públicas com tempo integral e da renda básica universal. Defesa do meio ambiente com sustentabilidade, garantia da diversidade e da acessibilidade para as pessoas com deficiências e combate ao racismo, à desigualdade de gênero e à intolerância religiosa. Atenção humanitária às pessoas em situação de rua.

 

10. Reafirmamos o compromisso do nosso Partido com a unidade do campo em que atuamos. O PCdoB conjuntamente com o PT e o PV, constroem a Federação Brasil da Esperança (FE-BRASIL), em uma relação de muita convergência na grande maioria das cidades do estado. Além disso, também estamos em diálogo constante com outros partidos que compõem a frente ampla, buscando sempre as alternativas mais comprometidas com o avanço na luta democrática nos municípios. Também ratificamos nosso apoio às lideranças do Campo Democrático que estão na base do governo Lula, entre elas: Eduardo Paes (Rio de Janeiro), Rodrigo Neves (Niterói), Dimas Gadelha (São Gonçalo), Zito (Duque de Caxias),Tuninho da Padaria (Nova Iguaçu), Rubens Bomtempo (Petrópolis), Jeferson (Campos), Alexandre Habibe (Volta Redonda), Veníssius (Angra dos Reis), Fernanda (Japeri), Max (Queimados), Thiago Valério (Barra Mansa), Quaquá (Maricá), e Andrezinho Ceciliano (Paracambi).

11. Por fim, devemos ter em conta que o objetivo estratégico do PCdoB-RJ neste ano é eleger vereadores e vereadoras por todo o Estado, com prioridade na capital fluminense. O Partido está construindo um consistente projeto eleitoral no estado com mais de 100 pré-candidaturas para vereador ou vereadora em aproximadamente 40 cidades, sendo 40% mulheres e 50% negros e negras e uma candidatura indígena.

 

12. Para a consolidação e o sucesso desse projeto é preciso que as coordenações e as direções municipais tenham bastante atenção aos prazos da Justiça Eleitoral e às diferentes questões burocráticas concernentes ao processo das eleições de 2024. Também é fundamental encarar a comunicação política como uma dimensão estratégica e central para a difusão das nossas ideias e propostas, investindo em iniciativas comunicacionais diversas e criativas nas redes e nas ruas o que tem um peso decisivo nas disputas eleitorais, sobretudo, no atual contexto.

 

13. Camaradas, estamos diante de mais um momento histórico em que o Partido Comunista do Brasil mais uma vez deve ser protagonista. Estivemos presentes em todas as grandes batalhas do povo brasileiro e fluminense nos últimos 102 anos e sairemos desse novo enfrentamento ainda mais fortes para seguir com a nossa luta histórica em defesa do povo brasileiro sempre no rumo do socialismo. Cada camarada eleito ou eleita representa mais um grande passo da nossa construção coletiva para salvar e transformar vidas, por isso, a abnegação e o empenho profundo da nossa militância em mais essa disputa são extremamente importantes para tornar o nosso projeto eleitoral vitorioso, mas isso só será possível com a absoluta coesão e unidade do nosso Partido!

Vamos à luta!