A pré-candidata a vereadora do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) na cidade de Resende, Priscila Messias, concedeu uma entrevista sobre os desafios do projeto eleitoral deste ano. Confira a entrevista na íntegra:
1. Gostaria que vc detalhasse a sua trajetória política.
Estou filiada ao PCdoB desde 2018 após iniciar minha militância na União Brasileira de Mulheres de Resende, e desde então venho atuando na política municipal através do movimento social, da UNEGRO, e também do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (COMDIM), no qual sou conselheira. Fiz parte da mobilização do #elenao no município, a partir daí estive junto com a UBM Resende realizando diversas atividades políticas como as rodas de conversas com mulheres, também atuamos nas escolas públicas falando sobre a Lei Maria da Penha e sua importância como política de proteção das mulheres; realizamos uma potente audiência pública sobre a segurança, acolhimento e compromisso dos aparelhos públicos com as mulheres resendense, e levantamos, junto com a ex Deputada Estadual Enf. Rejane, um importante debate sobre dignidade menstrual.
2. Qual a importância e o simbolismo de uma pré-candidatura do Partido Comunista do Brasil na cidade de Resende nesse cenário político tão polarizado em que estamos vivendo?
O Partido Comunista do Brasil tem uma importante trajetória de luta pelos direitos do povo brasileiro e de defesa da democracia, e, assim como em todo território nacional, estamos enfrentando no município uma grande dificuldade em mobilizar os debates populares por conta da polarização estabelecida e da prática de captação dos nossos para o governo a fim de silenciá-los, por isso entendemos a importância de ocuparmos os espaços políticos institucionais para que possamos apresentar ao povo resendense o projeto de transformação da sociedade que o PCdoB propõe, nosso objetivo é levantar debates importantes na sociedade e construir, de forma coletiva, soluções para melhorar a vida de todos os cidadãos, em especial as mulheres, a juventude e comunidade LGBTQIAPN+ do município.
3. Pode fazer uma análise do atual cenário político da cidade e destacar o papel da sua pré-candidatura nesse contexto?
Atualmente, em Resende, vivemos uma gestão autoritária e que não ouve as demandas populares, o que responde ao projeto de fortalecimento da extrema direita na cidade e toda região das Agulhas Negras, buscando desarticular qualquer mobilização popular. Entendo que me colocar como pré-candidata nesse cenário é um ato de resistência e coragem, essa pré-candidatura é um projeto coletivo, com o objetivo de dar voz pra quem deseja viver numa cidade mais inclusiva e democrática.
4. Quais as suas principais propostas para a cidade e quais são os desafios desse projeto eleitoral rumo à Câmara Municipal?
Minhas principais bandeiras são:
– A defesa dos direitos das mulheres, através do fortalecimento dos aparelhos de atendimento às mulheres;
– A luta pela ampliação das vagas nas creches e escolas em tempo integral para todas as crianças do municipio, além da valorização dos profissionais da educação;
– O olhar para a juventude da cidade, levantando o debate sobre a importância de geração de empregos e formação continuada para essa parcela da população;
– Dar visibilidade para a comunidade LGBTQIAPN+ e suas demandas;
– Fortalecimento da cultura no município.
Entendo que nosso maior desafio será competir com a máquina do governo trabalhando com toda sua força para manter a Câmara como aliada, mas vamos contar com todas as pessoas que acreditam na mudança dessa realidade para ocuparmos uma das 17 cadeiras do Legislativo de Resende