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O pré-candidato a vereador do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Campos dos Goytacazes concedeu uma entrevista e ressaltou os principais desafios que devem ser enfrentados nesse processo.

Maycon tem uma longa trajetória de luta política. Tornou-se presidente do grêmio estudantil de sua escola aos 15 anos, depois assumiu a Federação dos Estudantes de Campos (FEC) e, posteriormente, foi dirigente da UBES e da UNE. Atualmente, é presidente do Comitê Municipal do Partido.

Na entrevista, o comunista fez questão de ressaltar o simbolismo de uma pré-candidatura do Partido Comunista do Brasil na cidade:

“Uma pré-candidatura do PCdoB em um município que elegeu o último vereador comunista na década de 1940 tem uma importância e um simbolismo muito forte. Campos tem uma Câmara com 25 parlamentares conservadores e a nossa pré-candidatura representa o projeto de uma nova cidade e de uma outra construção política”, disse Maciel.

O pré-candidato do PCdoB também falou sobre a conjuntura política marcada pelo conservadorismo e pela velha política em Campos. De acordo com Maycon Maciel:

“O bolsonarismo é muito presente em Campos, Bolsonaro teve 60% dos votos na última eleição. Temos um cenário muito difícil, aqui a política é controlada por oligarquias que estão no poder há anos, admistrando a cidade e os recursos provenientes dos royalties do petróleo.”

Maycon ainda falou sobre a situação da cidade e destacou o papel de sua pré-candidatura nesse contexto:

“Campos é uma cidade em degradação onde vemos o sistema de transporte falido, problemas muito sérios em áreas fundamentais como saúde e educação apesar de todos os recursos que a cidade arrecada. Campos vem se esvaziando economicamente e perdendo importância no estado, tornando-se quase uma cidade dormitório marcada por uma desigualdade socioeconômica brutal. A nossa pré-candidatura assume um papel de colaborar com a construção de um novo modelo de cidade. Queremos debater pautas importantíssimas para a nossa população como a Cultura, que está abandonada pelo Poder Público, nosso Palácio da Cultura, por exemplo, está fechado há mais de 10 anos. Também estamos debatendo sobre os caminhos para buscar alternativas econômicas, mostrando que Campos pode mais, não podemos ser a cidade do ‘já teve'”.

O presidente do PCdoB em Campos completou afirmando que:

“Queremos construir um mandato muito combativo com foco na valorização da Educação Pública e da Cultura, com a criação de espaços adequados e com a valorização da classe artística e cultural da cidade. Também entendemos que é fundamental promover a geração de empregos a partir do avanço do desenvolvimento econômico e social de Campos.”