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Nesta quinta-feira (23), mais de duzentos trabalhadores e trabalhadoras de vários setores da empresa Águas do Rio (que ficou a maior fatia da CEDAE após a privatização) compareceram à assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de Saneamento Básico e Meio Ambiente do Rio de Janeiro e Região (Sintsama-RJ).

 

Após a leitura da contraproposta feita pela empresa, todos puderam apreciar e apresentar os diversos problemas do dia a dia da Águas do Rio. Depois das várias intervenções realizadas pelos trabalhadores, 214 votaram contra a proposta da empresa, com apenas 4 abstenções e nenhum voto a favor.

 

Os trabalhadores também aprovaram a continuação da negociação do acordo coletivo entre o Sindicato e a empresa Águas do Rio, para que ocorram mais avanços, principalmente, no piso salarial, na insalubridade, na penosidade, entre outras questões.

O Sintsama-RJ parabenizou todos os trabalhadores (as) presentes, que compareceram após o horário de serviço para participar das decisões na assembleia. O sindicato também destacou a presença de muitas mulheres trabalhadoras que foram fundamentais no debate para mais avanços. O Sintsama-RJ ressaltou ainda que continuará com o empenho para que se concretize um acordo justo que atenda à demanda dos trabalhadores. Segundo o diretor do Sintsama-RJ, João Xavier:

 

“Tivemos uma assembleia muito representativa com mais de 200 trabalhadores presentes no nosso sindicato. Eles recusaram a proposta da empresa por ser uma proposta muito rebaixada. Além de não dar a insalubridade para os trabalhadores, a Águas do Rio está pagando um salário de R$1.238, um valor extremamente defasado. Nenhuma empresa paga esse salário para profissionais do saneamento em nosso estado. Essa é uma demonstração de total descaso com a categoria que atua em um serviço tão essencial para a população fluminense”.

João Xavier também chamou a atenção para a consequente queda na qualidade do serviço prestado pela empresa Águas do Rio diante de uma baixa remuneração imposta aos funcionários, um dos resultados perversos da privatização da CEDAE:

“A qualidade do serviço tende a cair pois o trabalhador mal remunerado é menos preparado para exercer uma atividade tão essencial como a realizada pela empresa Águas do Rio. Sem dúvida, a população do Rio de Janeiro sofrerá com essa mudança abrupta de um serviço de qualidade prestado pela CEDAE para um serviço prestado por uma empresa que quer explorar ao máximo a mão de obra para não ter que qualificar o trabalhador”, afirmou João Xavier.

Confira o vídeo do discurso de João Xavier: