Escolha uma Página

A assessoria de comunicação da Oposição Metalúrgica do Sul Fluminense divulgou uma nota sobre a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras da CSN.

 

Confira a nota na íntegra:

VITÓRIA DA CLASSE TRABALHADORA

Metalúrgicos e metalúrgicas da CSN se unem e enfrentam o patrão exigindo seus direitos

A primeira semana do mês de abril de 2022 ficará marcada na história dos trabalhadores de Volta Redonda pela revolta de milhares de trabalhadores dentro da Usina Presidente Vargas, que já vinha crescendo desde 2020.

No dia 5 de abril um grupo de operários, espontaneamente, provocou a paralisação suas atividades pela falta de reajuste salarial, pela troca do plano de saúde, que não atende as necessidades, contra o banco de horas e pela falta de pagamento da PLR.

O estopim foi o vídeo divulgado pelo presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, que anunciou e comemorou junto aos acionistas da empresa, o lucro recorde de mais de R$ 13 bilhões e um crescimento que significou 3 anos em 1 ano, isso em plena pandemia. Nas palavras do próprio Steinbruch, a CSN nunca teve um lucro tão grande em 80 anos de existência como no ano passado, recebendo elogios como um verdadeiro “senhor de engenho” na exploração de seus escravos, distribuindo 25% desse lucro aos seus acionistas e garantindo o pagamento de R$ 3,5 bilhões de reais aos donos da empresa.

A paralisação, que iniciou no dia 5 de abril, continua e se estende pelos dias atuais. Dois dias após o início deste movimento, os trabalhadores e trabalhadoras se reuniram na entrada da Usina Presidente Vargas e caminharam pelas ruas da cidade até a sede do Sindicato dos Metalúrgicos.
O objetivo era exigir que fosse realizada uma assembleia para votação da PAUTA DE REINVIDICAÇÃO DOS TRABALAHDORES e a formação de uma COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO, com representantes escolhidos pelos trabalhadores, que levasse suas verdadeiras reivindicações à mesa de negociação da empresa, sem a representação do sindicato.

Na pauta, constava reposição das perdas salariais, fim do banco de horas, volta do plano de saúde Bradesco e PLR de 25% em cima dos dividendos distribuídos aos acionistas.

Ao invés de acatar a vontade da categoria, os pelegos, passando por cima da peãozada (pasmem!) decidiu colocar em votação a proposta não dos trabalhadores, mas sim uma proposta vergonhosa apresentada pela CSN com reajuste salarial de: até R$ 3.000: reajuste de 8,1 % e para o salário acima de R$ 3.000 reajuste de 5%; mais Cartão alimentação de R$ 400/mês; Cartão alimentação extra de R$ 800, em 2 parcelas, sendo a 1ª parcela de R$ 400,00 em até 5 dias úteis, após a assinatura do acordo e a 2ª parcela de R$ 400, em 16/12/2022. Cartão alimentação extra de R$ 700 em até 5 dias úteis, após a assinatura do acordo para os empregados que registraram o ponto mais supervisores e coordenadores; renovação do banco de horas; auxílio creche de R$ 580.

O resultado da assembleia, como já era de se esperar, foi a reprovação por quase 100% dos trabalhadores da empresa, que enfrentaram a pressão, sem nada a temer, e registraram o nível de insatisfação e de revolta contra a política de exploração e desvalorização da CSN e a política entreguista e covarde da atual direção do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que já teve seus dois mandatos cassados pela Justiça.

 

Assessoria de comunicação da Oposição Metalúrgica do Sul Fluminense