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O Partido Comunista do Brasil – Rio de Janeiro acabou de passar uma série de Conferências Municipais.

Em diversos municípios de nosso Estado, os Comunistas e as Comunistas, organizados em suas bases, debateram as teses do Congresso do PCdoB, debateram as questões de suas regiões e elegeram novas direções para os Comitês Municipais.

A Comunicação do PCdoB Estadual, em virtude disso, realizou entrevistas com alguns Presidentes Eleitos para Comitês Municipais do Estado do Rio de Janeiro.

O entrevistado de hoje é Rodrigo Weisz, Presidente do PCdoB do Rio de Janeiro (Capital).

Segue, abaixo, a entrevista.

PCdoB-RJ: O Brasil vive um momento dramático. Desemprego elevado, inflação descontrolada, ameaças à democracia, entre diversos problemas que desafiam o PCdoB e os Comunistas. Como você vê o atual momento vivido pelo povo brasileiro e qual o papel dos comunistas nesse cenário?

 

 

Rodrigo Weisz: Nesse momento de desastre econômico e social que o Brasil vive, onde o desemprego ultrapassa os 15%, a fome atinge centena de milhões e só na cidade do Rio de Janeiro 1 milhão e 700 mil pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, onde vivemos uma carestia enorme do preço dos alimentos, a saída proposta pelo PCdoB e pelos comunistas é a formação de uma amplíssima frente, que abarque os mais diversos setores políticos e dos movimentos organizados da sociedade, para que se interrompa desde já esse ciclo da morte, esse ciclo de predomínio de uma agenda de retirada de direitos. Só há uma saída, interromper esse ciclo desde já com o “Fora Bolsonaro”, unindo o maior número possível de atores políticos e sociais da sociedade, dos mais diversos espectros políticos. E o dia 2 de outubro tá aí pra isso, pra mostrar que é possível fazer unidade entre os mais diversos segmentos da política nacional em torno dessa agenda urgente e comum que é o Fora Bolsonaro.

 

 

PCdoB-RJ: No plano estadual, muitos problemas se repetem. Qual a sua avaliação do governo de Claudio Castro e qual o papel dos comunistas para colocar o Rio de Janeiro de volta no caminho do emprego, do desenvolvimento e da redução das desigualdades?

 

 

Rodrigo Weisz: O Governo Claudio Castro é um governo alinhado com Bolsonaro, isso explica muito  do seu fracasso em resolver os problemas econômicos e sociais do Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro, hoje, tem um desemprego acima da média nacional. Enquanto a média nacional beira os 15%, o desemprego no RJ beira os 19%. E inexiste, a gente não vê, uma política de retomada do desenvolvimento na cidade e no estado do Rio de Janeiro. O governo Cláudio Castro não consegue apontar uma saída, como não consegue apontar um projeto de desenvolvimento pro Estado. Ou seja, não se tem uma política de fomento, de indução ao desenvolvimento. Isso explica a crise social, a crise econômica. As calçadas do centro da cidade estão mais lotadas do que nunca de pessoas em situação de rua. Toda hora que a gente sai a rua. a gente se depara com pessoas pedindo um prato de comida, pedindo uma refeição.

Ao mesmo tempo, o que a gente vê do governo Cláudio Castro, é a sequência da política de morte. Nós condenamos a chacina do Jacarezinho e outros episódios de violência policial. No caso da chacina do Jacarezinho que vitimou dezenas de inocentes, se trata de uma operação policial fracassada, sem justificativa, onde a polícia entrou atirando e tirando a vida de pessoas inocentes

A gente não vê um projeto de desenvolvimento pro estado e paralelamente o Governo que foi derrotado na ALERJ,  conseguiu virar na justiça a privatização da CEDAE, quer dizer, foi derrotado na ALERJ, virou na justiça a privatização da CEDAE e distribui a ermo o dinheiro. Faz cheques de duzentos e seiscentos, um bilhão aos prefeitos e distribui em troca da sua reeleição, quer dizer, tal como temos no Governo Federal um Governo incompetente pra lidar com os problemas caros ao povo brasileiro, como emprego, alimentação, moradia, no Governo do Estado é a mesma coisa.

 

 

PCdoB-RJ: Que mensagem você envia para a militância comunista nesse momento de início de ciclo da nova direção com tantos desafios pela frente?

 

 

Rodrigo Weisz: A mensagem a militância do partido é de que é possível uma virada política! A frente ampla vem demonstrando assertividade no no âmbito da política geral, tá aí a CPI revelando crimes incansáveis do governo Bolsonaro na questão da pandemia. A frente ampla se mostrou necessária e importante. A mensagem é essa, de que é possível uma virada, é possível derrotar Bolsonaro nas ruas e nas urnas e de que novos tempos podem podem vir. A fotografia da atual conjuntura é uma fotografia horrível, mas ela é uma fotografia, é um momento, e novos momentos melhores serão possíveis a partir de uma virada política que derrote Bolsonaro. E se não der tempo de derrotar nas nas ruas que seja nas urnas, em 2022.

 

 

PCdoB-RJ: E para o povo carioca, que mensagem o PCdoB pode enviar aos trabalhadores e trabalhadoras? Porque os trabalhadores e as trabalhadoras devem se filiar ao PCdoB na capital fluminense?

 

 

Rodrigo Weisz: Eu diria que o PCdoB é o partido que melhor aponta a perspectiva da transformação socialista. O socialismo, tá provado e comprovado, é o sistema político que mais combate as desigualdades, e a situação das desigualdades, no governo Bolsonaro, atingiu um limite vai além do impossível, além do imaginável. Só na cidade do Rio de Janeiro, hoje, são 1 milhão e 700 mil pessoas passando fome, mais de 100 milhões no Brasil em insegurança alimentar. Nos marcos do capitalismo, ainda que possa ser melhorado, não há solução pra isso, então é preciso que no Rio de Janeiro e no Brasil se ofereça uma perspectiva de futuro diferente. Uma perspectiva fora das ilegalidades e que tenha políticas de inclusão para todo mundo. A China tá aí pra mostrar isso, né? A China que supera a fome e apresenta um projeto planejado de desenvolvimento da economia com inclusão social. É um pouco disso PCdoB propõe. Ou seja, o socialismo como rumo e um projeto que desenvolva que que faça o Brasil crescer como como caminho, como parte dessa construção da virada socialista necessária para o povo brasileiro.