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Batista: A quatro dias da eleição, devemos intensificar a militância!

A eleição neste domingo, vai ser um teste para a luta política do nosso povo contra o neofascismo que está a serviço de um punhado de rentistas bilionários à custa do aumento da miséria e do flagelo do desemprego para grande parte do povo brasileiro. O Brasil de Bolsonaro volta a figurar no mapa mundial da fome e a população enfrenta muitas dificuldades, agravadas pela pandemia.

Situação de Caos no estado do Rio de Janeiro

O resultado dessa política bolsonarista é desastroso e agrava a crise política, econômica, social no ERJ. No terceiro trimestre de 2020, a taxa de desemprego atingiu o absurdo número de 14,4%, sem contar os milhares de desalentados, mais de 3 milhões de pessoas que recebem menos de meio salário mínimo no estado. Ainda sujeitos à violência diária do crime organizado e da ação repressiva do estado, que pratica um verdadeiro genocídio da juventude preta nas periferias das cidades. A crise, mais uma vez, cai sobre as costas dos trabalhadores e trabalhadoras, do povão, que produzem a riqueza deste país.

As eleições municipais acontecem no fogo da luta de resistência pela manutenção do auxílio emergencial, da lei de emergência cultural, da luta pelo fortalecimento com maior qualidade do SUS (é preciso barrar a tentativa de Bolsonaro e Guedes de abrir as UBS para a iniciativa privada) e a luta por fomentar as iniciativas da economia solidária e micro empreendimentos como política imediata de geração de emprego e renda. Essa são propostas do partido que se somam à defesa de cidades democráticas, inclusivas e sustentáveis.

A grave crise que o Rio enfrenta é estrutural, portanto a saída é estrutural, exige uma frente ampla de salvação, está relacionada com a exigência de novos rumos para o Brasil, isso será definido nas eleições de 2022. Novos ventos sopraram em Nossa América, para derrotar o neoliberalismo, como no México, Venezuela, Bolívia, Argentina, e para derrotar o obscurantismo, a exemplo da derrota de Trump, que busca judicializar o resultado político das eleições, prática golpista já conhecida por nós brasileiros. Experiências, que trazem luzes para 2022.

A ciência e arte da política nesta situação histórica estão em nossa capacidade de construir uma nova correlação de forças, na luta política, econômica, social e cultural em curso no Brasil e no mundo, construir a contra hegemonia.

Estes objetivos reforçam a importância desta eleição de 2020, que acontecerá neste final de semana (15 de novembro) no primeiro turno e 29 do mesmo mês, nas cidades onde ocorrerá o segundo turno, pela luta por cidades, democráticas, inclusivas e sustentáveis.

15 de Novembro

Essa eleição acontece em condições atípicas, com o isolamento social (em meio a uma grande pandemia) e a hegemonia das forças conservadoras, fatores imponderáveis poderão acontecer a favor das forças democráticas e progressistas ao se tornarem desaguadouro da insatisfação popular, ou das forças mais obscurantistas e conservadoras de Bolsonaro.

O Projeto eleitoral do Partido no ERJ

Apesar desse contexto difícil e de condições desiguais, é imprescindível o empenho da militância e dos candidatos e candidatas do PCdoB, sobretudo, nestes 4 dias finais. É na adversidade que surgem as possibilidades com criatividade. Façamos das dificuldades uma ponte para nossos êxitos, isto é forjar o partido na luta política. Precisamos sair maiores e mais fortes.

O novo posicionamento tático dos comunistas do PCdoB é uma exigência concreta da luta política de classesEssa perspectiva está sendo adotada em um momento oportuno, com duas vertentes de acumulação de forças que não se opõem: construir a unidade das forças democráticas e populares e firmar o lugar próprio do Partido.

O PCdoB entendeu que é importante lançar candidaturas próprias para ampliar a presença do Partido nas cidades, apresentando as nossas propostas e fortalecendo a nossa identidade nos municípios do Rio de Janeiro e de todo Brasil, e – ao mesmo tempo – a legislação eleitoral colocou as regras para chapas próprias com o quociente eleitoral, e os percentuais da participação de gênero e pretos (as) e pardas(os) e os votos necessários para eleger os proporcionais, 10% do quociente do partido em cada cidade.

O Partido já é outro, embora o balanço político seja para pós eleições e sem subestimar o resultado eleitoral, a experiência já demonstra a justeza da política, o partido voltou para as bases, suas candidaturas majoritárias e proporcionais realizaram ricas e inovadoras experiências. Será preciso tirar lições dos erros e acertos após o desfecho destas batalhas das campanhas municipais, mas já se constituem como um saldo político importante.

A tarefa agora é a garimpagem do voto, refinar a nossa influência em voto, volume e visual das candidaturas, de seu numero, em um verdadeiro movimento do 65 e o numero do(a) candidato(a). Nenhum (a) militante pode ficar fora de campanhas proporcionais, é necessário contatar em seu âmbito de convivência social para pedir voto.

É muito importante eleger vereadoras e vereadores. Como em toda batalha, precisamos definir nossas estratégias e prioridades para alcançar nossos objetivos, o interesse de cada militante comunista, é que o Partido, saia com êxitos em seu projeto eleitoral. A eleição de vereadoras e vereadores passa a ser a nossa prioridade nesta última fase da campanha, salvo exceções. Tomar decisões e ter concentração são exigências das condições concretas das direções municipais.

Derrotar o Bolsonarismo

centro de nossa tática nestas eleições municipais é unir forças para derrotar o Bolsonarismo, pois sua política é um grande obstáculo para as cidades democráticas, inclusivas e sustentáveis. Por injunções políticas concretas, onde não foi possível unir no primeiro turno, o Partido deve buscar unir as mais amplas forças para derrotar o bolsonarismo nestas cidades, no segundo turno.

Esse processo eleitoral será marcado pela resistência

A máquina irá contar muito nessas eleições e a resiliência bolsonarista ainda é forte no estado e com um submundo controlado por milícias em aliança com setores evangélicos neo-pentescostais, não se pode subestimar, pois são difíceis de serem aferidas por pesquisas.

Portanto, é absolutamente fundamental que as forças do campo progressista se unam e se fortifiquem. Nesse sentido, também é fundamental que o PCdoB se torne mais forte nesse processo eleitoral, tendo em vista também a eleição de 2022 e a superação da cláusula de barreira.

Nestes 4 dias começa a contagem regressiva

Devemos intensificar a mobilização da militância, dos apoiadores (as), e multiplicadores (as) a cada dia, até as eleições. Ainda temos muitos eleitores indecisos, é necessário disputar esses votos; na capital – por exemplo – quase metade do eleitorado ainda não definiu o voto para vereador. Precisamos explorar ao máximo o trabalho inventivo nas redes sociais, que deve ter longo e intenso alcance, e combinar com a abordagem das pessoas.

Cada vereador (a) ou quiçá prefeita (o) que elegermos representará uma importante vitória diante do neofascismo e do ultraliberalismo. As candidaturas que não alcançarem um mandato sem dúvida nenhuma contribuirão para o êxito de nosso projeto, pois ganharemos experiência e promoveremos novas lideranças para a luta de resistência em 2021 e para a batalha eleitoral de 2022. Já estamos fortalecendo a presença da identidade e das propostas dos comunistas nas cidades do Rio de Janeiro.

Vamos à luta, camaradas!

João Batista Lemos
Presidente estadual do PCdoB no Rio de Janeiro